Uma doença que vem assustando e mobilizando nações e entidades, inclusive a OMS, é a febre zika. Nem tanto por seus sintomas e resultados, mas pelo que pode acontecer quando ocorre em conjunto com outras doenças.
O vírus da zika foi isolado pela primeira vez em 1947, em macacos rhesus que habitavam a floresta Zika na Uganda, África. O estudo era para o monitoramento da febre amarela. O primeiro caso em um humano ocorreu em 1964, sendo que os sintomas observados na época continuam os mesmos até hoje. Em 2007, houve um surto na Oceania e em 2015 a doença foi relatada pela primeira vez no Brasil. Noticiados mais de 1,5 milhão de contágios no país desde o ano passado, está sendo considerada a primeira grande epidemia de zika no mundo.
Vários casos de microcefalia no Brasil e até nos Estados Unidos têm sido atribuídos ao vírus contraído durante a gestação. Estudos estão sendo realizados em mais de 3.000 casos brasileiros. Vários países da América Latina têm orientado as mulheres a adiarem a gravidez a fim de não correrem riscos.
Seu contágio é principalmente através do mesmo mosquito transmissor da dengue e febre chikungunya, sendo os sintomas muito semelhantes aos destas outras duas doenças. São eles:
– Dor de cabeça
– Dor muscular
– Dores leves nas articulações
– Moleza
– Febre baixa
– Manchas vermelhas ou bolhas na pele
– Coceira e vermelhidão nos olhos
Outros sintomas não tão frequentes:
– Inchaço no corpo
– Dor de garganta
– Tosse
– Vômitos
Cerca de 80% das pessoas que contraem o vírus sequer manifestam alterações clínicas. Aos que manifestam os sintomas, eles desaparecem entre 3 e 7 dias, podendo a dor nas articulações durar um pouco mais, até um mês. Não há maiores gravidades relatadas. A doença evoluiu para óbito pela primeira vez na história em junho de 2015, sendo relatada somente em novembro. Outras mortes atribuídas ao vírus já foram registradas no Brasil.
O tratamento é feito a partir de medicamentos que amenizam a dor, evitando o ácido acetilsalicílico (AAS) e anti-inflamatórios para não haver risco de hemorragias, assim como no tratamento da dengue. Repouso e hidratação acompanham o tratamento. Deve-se sempre buscar ajuda de um profissional da saúde ao perceber os sintomas.
Para permanecer afastado da doença, o melhor é combater o mosquito da família Aedes (Aegypti, Africanus, Apicoargenteus, Furcifer, Luteocephalus e Vitattus). As fêmeas podem viver até dois anos e sua procriação é grande, mais de 200 óvulos por vez. Elas se alimentam de sangue e não há vacinas para proteger os seres humanos do vírus transmitido. O Aedes Aegypti pode transmitir até 7 doenças, inclusive ao mesmo tempo, em uma mesma pessoa.
Para a prevenção contra a picada do mosquito, alguns conselhos são dados:
– Roupas compridas, calças, blusas e meias
– Proteção de um repelente nas áreas expostas do corpo
– Telas em janelas e portas
– Evitar criadouros do mosquito, observando se há água limpa parada em locais da residência ou trabalho
– Cultivar plantas dentro de casa que exalam odores repulsivos para os mosquitos. Algumas delas são: Alecrim, Citronela, Lavanda e Manjericão.
0 comentário